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Tramitação de projeto protocolado ano passado ganhou velocidade depois de denúncias de maus-tratos a autistas em Curitiba
Em seu terceiro mandato seguido como vereador, Pier Petruzziello tem batalhado em prol da inclusão e do bem-estar das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Entre essas iniciativas, ganha destaque o projeto de lei “Servidor Amigo do Autista”.
O projeto estabelece uma política pública pioneira para capacitar servidores municipais para oferecer um atendimento mais adequado e acolhedor às pessoas dentro do espectro autista, assim como suas famílias.
Origem do “Servidor Amigo do Autista”
O projeto de lei “Servidor Amigo do Autista” nasceu da necessidade de criar um ambiente mais inclusivo e preparado para atender às especificidades das pessoas com autismo.
Petruzziello percebeu que muitas famílias enfrentavam dificuldades ao buscar serviços públicos devido à falta de capacitação dos servidores para lidar com o TEA.
Objetivos
O principal objetivo do programa é capacitar os servidores municipais para que possam entender melhor o autismo e prestar um atendimento mais humanizado e eficiente.
Entre os objetivos da proposta estão:
- Sensibilização dos servidores: promover a conscientização sobre o autismo, suas características e as necessidades das pessoas que vivem com o transtorno.
- Capacitação técnica:oferecer treinamentos para que os servidores possam identificar sinais de autismo e adaptar suas abordagens de atendimento.
- Melhoria do atendimento: garantir que os serviços públicos sejam mais acessíveis e acolhedores para as pessoas com autismo e suas famílias.
- Redução de barreiras: diminuir as barreiras que dificultam o acesso das pessoas com TEA aos serviços públicos municipais.
Motivos para criar o “Servidor Amigo do Autista”
O projeto de lei foi protocolado por Pier Petruzziello no ano passado. Na época, o vereador apontou algumas razões para o investimento na capacitação de servidores:
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- Setor privado: Pier ressaltou que diversas empresas privadas já preparam seus funcionários para atender o público autista.
- Ofertas de cursos: também foi lembrado que há uma grande variedade de cursos oferecidos por ONGs e outras instituições.
- Baixo custo: o preço desses cursos, em geral, é baixo.
Assim, Petruzziello destacou que não havia motivo para o poder público deixar de investir na capacitação de servidores para o atendimento ao público autista.
Tramitação e denúncias de maus-tratos
Apesar de ter sido protocolado em maio de 2023, o projeto de lei ainda contava com uma tramitação lenta.
Porém, a preocupação de Pier com a forma como autistas são tratados por servidores municipais se mostrou acertada.
Um ano depois, em maio de 2024, apareceram na mídia denúncias de maus-tratos a uma criança autista em um abrigo da prefeitura de Curitiba.
Ainda por cima, a defesa dos funcionários dizendo que não foram preparados para lidar com situações envolvendo autistas. As denúncias apuradas e os servidores afastados.
Mas ficou claro que pessoas dentro do espectro autista eram ainda mais vulneráveis na busca por serviços públicos.
Além disso, também ficou comprovado o despreparo dos servidores para lidar com o TEA.
Na Câmara Municipal, Petruzziello alegou que houve relatos há muito tempo sobre a falta de conhecimento da sociedade para lidar com pessoas dentro do espectro.
Por isso, Pier pediu que os colegas vereadores votassem para que seu projeto fosse aprovado.