As histórias de José Ricardo Carmargo
maio 10, 2019Curitiba recebe visita de Secretária Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência
maio 24, 2019O dia 18 de maio é lembrando como dia da luta antimanicomial. Um processo amplamente debatido ao longo das últimas décadas e que já contribuiu com grandes avanços como, por exemplo, o fim da institucionalização dos doentes mentais e a evolução do tratamento psicossocial.
Atualmente vemos o número de pessoas com doenças mentais crescendo exponencialmente, resultado de uma sociedade sobrecarregada e não preparada para esse enfrentamento.
“As doenças mentais ainda não são reconhecidas por grande maioria da população, o que prejudica o processo de tratamento e inclusão dessas pessoas”, comenta o vereador Pier Petruzziello, autor da lei municipal de conscientização sobre a esquizofrenia, “Não é desconhecimento, hoje em dia todo mundo já ouvi falar sobre depressão, esquizofrenia, ansiedade. As pessoas falam sobre isso, porém há uma dificuldade cultural de aceitação disso como doença”, reflete ele.
Atualmente a cidade de Curitiba conta com treze CAPS – Centros de Atendimentos Psicossocial – onde são atendidos adultos e crianças com doenças mentais e dependências químicas. Esses centros recebem encaminhamentos tanto das Unidades Básicas de Saúde (UBS), como das Unidades de Pronto Atendimento (UPAS), porém sem deixarem de lado a política de acolhimento para buscas espontâneas.
Esses centros resultam da evolução no atendimento das pessoas com doenças mentais, que até poucas décadas atrás eram trancadas em manicômios e esquecidas pela sociedade. A luta antimanicomial trouxe luz sobre a necessidade de um tratamento de reintegração social, com a busca de estabilização e possível independências para essas pessoas.
“Essa semana eu visitei 5 CAPS. Minha ideia é abrir um diálogo maior com os profissionais que atuam nessa causa, porque precisamos evoluir com o atendimento que o serviço público oferece para essas pessoas, trabalhando de uma forma intersetorial e não deixando apenas como um gargalo para saúde. É importante envolvermos diversas áreas e principalmente prepararmos a sociedade para acolher essas pessoas que buscam por reintegração”, finaliza Pier.
Como resultado das visitas, ficou estabelecida a realização de uma audiência pública para discussão do tema, que deverá ser organizada logo após o encerramento da programação da semana de conscientização da esquizofrenia, que acontece na semana que vem, entre os dias 20 e 27 de maio.