A tecnologia assistiva oferece ferramentas que contribuem para independência e qualidade de vida das pessoas com, ou sem, deficiência e atualmente apresentam grande potencial como objeto de estudos, tornando-se um campo rico para universidades e pesquisadores direcionarem seus trabalhos.
No início desse mês, a Assessoria dos Direitos da Pessoa com Deficiência realizou o prêmio Viva Inclusão, com o objetivo de dar visibilidade para boas ideias que promovem a inclusão na cidade de Curitiba, nesse dia o projeto “SEE COLORS” foi um dos destaques e chamou a atenção de todos que estavam participando do evento.
Uma pesquisa de doutorado, desenvolvida pela artista Sandra Marchi, culminou na criação de um código que permite a identificação de cores para pessoas cegas, com baixa visão e daltônicas.
Em visita ao gabinete do vereador Pier, Sandra e sua orientadora, a professora Drª Maria Lúcia Okimoto, apresentaram o processo de desenvolvimento e resultado do projeto, que atualmente já conta com dezenas de códigos que identificam cores primárias, compostas e até mesmo metalizadas.
“Receber vocês aqui hoje, justamente na Semana Municipal da Pessoa Cega e da Baixa Visão, instituída por uma lei de minha autoria, acaba sendo uma grata coincidência”, destacou Pier, ao recebê-las. “É inacreditável. Genial. Além de extremamente inovador e com potencial de usabilidade, fico ainda mais satisfeito por saber que a ideia teve origem aqui, na UFPR”.
Sandra comenta que “já existem outros códigos de cores criados, mas que utilizavam símbolos geométricos para identificação de cores”, tornando o processo de aprendizagem complexo para crianças, que ainda não identificam formas.
O See Color utiliza-se do espectro de cores e as sinaliza através de pontos em braille e traços angulados de acordo com o posicionamento das cores dentro do espectro. Com apenas dois elementos (ponto e traço) posicionados de formas diferentes, já é possível sinalizar dezenas de cores.
“O que mais me impressiona nesse projeto é o potencial inclusivo dele, pois o kit pedagógico desenvolvido é útil para a educação, não somente de pessoas com deficiência, mas também de pessoas sem deficiência, principalmente crianças. Todos poderão aprender através da mesma ferramenta” comentou Pier Pier.
O projeto de doutorado que já se encontra patenteado, será defendido para banca no início de 2019. No momento a Sandra busca parcerias para o desenvolvimento dos kits pedagógicos em grande escala, para que possam ser oferecidos como ferramentas de tecnologia assistiva para escolas e quem mais tiver interesse.