Projeto Veever

Tecnologia assistiva trata especificamente de ferramentas que proporcionam acessibilidade para pessoas com deficiência. Nesse sentido, encontramos tecnologia assistiva dos mais diversos tipos, como no caso de membros mecânicos, até mesmo aplicativos extremamente modernos que contribuam com as mais diversas atividades que fazem parte do cotidiano da pessoa com deficiência.

O incentivo à pesquisa e valorização de profissionais que se dedicam a esse movimento maker é fundamental, pois apesar da luta constante e da evolução em relação a inclusão e acessibilidade, ainda há muitas barreiras para serem rompidas e, como sociedade, devemos nos comprometer em acabar com todas essas limitações.

O munícipio de Curitiba tem dedicado muitos esforços, e colhido frutos, no que diz respeito a tecnologia, sendo atualmente considerada uma das cidades mais inteligentes do país. Porém, o grande mérito não está somente no incentivo tecnológico, mas sim na preocupação em direcionar esse potencial criativo em áreas como a acessibilidade.

Atualmente o Projeto Veever é um dos grandes exemplos desse potencial. Hoje a equipe composta por João Pedro Novochadlo, João Guilherme Baglioli, Leonardo Custódio e Lohann Coutinho, está passando pelo processo avaliativo do HackBrazil, sendo apontada como uma das possíveis finalistas, que poderá concorrer ao prêmio de R$ 75.000,00 para desenvolvimento e implementação do projeto.

O aplicativo tem como público alvo pessoas com deficiência visual, que buscam autonomia e que poderão encontrar nessa ferramenta o apoio em relação a mobilidade urbana. Através de dispositivos que se comunicam através de bluetooth e que podem ser instalados nos mais diversos pontos da cidade, os beacons, a pessoa poderá receber informações no seu celular, sobre linhas de ônibus, distância dos endereços e outras informações que contribuem com a localização de tempo e espaço.

“O diferencial do Veever, em relação aos outros aplicativos, é que ele funciona offline. A pessoa não precisa estar conecta na internet para receber essas informações, que são transmitidas por bluetooth”, explica João Pedro Novochadlo.

Nessa quarta-feira, 30/10, João Pedro teve a oportunidade de apresentar o projeto para o vereador Pier Petruzziello, líder do prefeito Rafael Greca na Câmara Municipal e também presidente da comissão de acessibilidade e da PcD. “Uma das melhores ideias que tive a oportunidade de conhecer nos últimos tempos. Fico extremamente satisfeito em ver o potencial criativo dessa equipe sendo dedicado a questões de acessibilidade. É disso que precisamos! Somos responsáveis por reduzir, e com o tempo acabar, com as barreiras que dificultam a vida das pessoas com deficiência”, defende Pier.

Um dos critérios de avaliação do HackBrazil é o potencial de aplicabilidade que a ideia possuí, por isso o apoio do poder público faz diferença. “Nós conseguimos encaminhar a ideia para o Prefeito Rafael Greca, que irá gravar um vídeo, apresentando as intenções em transformar a cidade em uma referência de acessibilidade. Eu também gravei um vídeo demonstrando apoio. Estamos na torcida”, finaliza o Vereador.

Em parceria com a Harvard, o HackBrazil é um dos grandes eventos de incentivo do movimento Maker, contribuindo para visibilidade e aplicação das ideias finalistas. O resultado da próxima etapa será revelado no dia 01/02 e final está prevista para abril.